Hoje não é um bom dia para comemorar o 4º aniversário do blog.
Acabo de chegar do enterro de um amigo de infância, o Zé Augusto, que faleceu ontem aos 48 anos de idade, vítima de um mieloma múltiplo, uma espécie rara de câncer ósseo.
Lembrei-me então de uma foto que tiramos exatos 40 anos atrás (vide abaixo), no 1º semestre de 1972, quando cursávamos o 3º ano do curso primário, como se chamava à época.
Como a foto alegre denuncia, nela estão crianças felizes na faixa dos 8 anos de idade e na simplicidade de uma infância em que o bem maior era a amizade que as unia. O Zelão (como o chamávamos) era o último garoto sorridente agachado à direita, do meu lado.
No funeral desta manhã, das crianças retratadas apenas o Reginaldo, o último agachado à esquerda, estava lá do meu lado. As lembranças, entretanto, continuam presentes.
No mês passado, eu conversava com o Zelão e percebíamos o quanto aquela ligação antiga continuava viva.
Brincávamos com o fato dele ser 3 dias mais velho que eu e, apesar da distância natural e temporária causada pelos caminhos diferentes que cada uma dessas crianças trilhou, conseguimos manter firmes e fortes os laços antigos.
Poucos, entretanto, têm essa possibilidade e esse prazer de manter viva uma amizade de infância.
Imagino que, depois de uma certa idade, muitos prefiram descartar todas as lembranças que os ligam a situações difíceis, especialmente da adolescência, e belas e valiosas histórias de vida se perdem nessa faxina emocional deletéria.
Um funeral, 40 anos de uma foto e 4 anos do blog.
Ainda que seja um fenômeno recente na história da humanidade, manter vivo um blog também é tarefa difícil.
Requer amor, trabalho, carinho, desprendimento, renúncia às vezes.
Mas tanto o blog, a infância e mesmo a morte jamais deixam de ser celebrações da vida, com todas as alegrias e dificuldades que ela nos apresenta.
Se a morte marca o fim da existência terrena, apesar da tristeza e da saudade, os que ficam não podem perder a alegria de viver e deixar de celebrar tudo o que foi vivido antes da pessoa querida partir, encontrando nisso forças para seguir adiante.
Prosseguir sempre, enquanto pudermos, é isto o que o blog e nós todos faremos, inclusive como homenagem aos que não tiveram tempo e oportunidade de nos acompanhar até aqui.
Acabo de chegar do enterro de um amigo de infância, o Zé Augusto, que faleceu ontem aos 48 anos de idade, vítima de um mieloma múltiplo, uma espécie rara de câncer ósseo.
Lembrei-me então de uma foto que tiramos exatos 40 anos atrás (vide abaixo), no 1º semestre de 1972, quando cursávamos o 3º ano do curso primário, como se chamava à época.
Como a foto alegre denuncia, nela estão crianças felizes na faixa dos 8 anos de idade e na simplicidade de uma infância em que o bem maior era a amizade que as unia. O Zelão (como o chamávamos) era o último garoto sorridente agachado à direita, do meu lado.
No funeral desta manhã, das crianças retratadas apenas o Reginaldo, o último agachado à esquerda, estava lá do meu lado. As lembranças, entretanto, continuam presentes.
No mês passado, eu conversava com o Zelão e percebíamos o quanto aquela ligação antiga continuava viva.
Brincávamos com o fato dele ser 3 dias mais velho que eu e, apesar da distância natural e temporária causada pelos caminhos diferentes que cada uma dessas crianças trilhou, conseguimos manter firmes e fortes os laços antigos.
Poucos, entretanto, têm essa possibilidade e esse prazer de manter viva uma amizade de infância.
Imagino que, depois de uma certa idade, muitos prefiram descartar todas as lembranças que os ligam a situações difíceis, especialmente da adolescência, e belas e valiosas histórias de vida se perdem nessa faxina emocional deletéria.
Um funeral, 40 anos de uma foto e 4 anos do blog.
Ainda que seja um fenômeno recente na história da humanidade, manter vivo um blog também é tarefa difícil.
Requer amor, trabalho, carinho, desprendimento, renúncia às vezes.
Mas tanto o blog, a infância e mesmo a morte jamais deixam de ser celebrações da vida, com todas as alegrias e dificuldades que ela nos apresenta.
Se a morte marca o fim da existência terrena, apesar da tristeza e da saudade, os que ficam não podem perder a alegria de viver e deixar de celebrar tudo o que foi vivido antes da pessoa querida partir, encontrando nisso forças para seguir adiante.
Prosseguir sempre, enquanto pudermos, é isto o que o blog e nós todos faremos, inclusive como homenagem aos que não tiveram tempo e oportunidade de nos acompanhar até aqui.
Passei por isso há 1 ano atrás. É uma sensação de "não era esse o nosso combinado". Boas lembranças são revigorantes para intensificarmos nossa passagem por aqui.
ResponderExcluirDeus te abençõe e parabéns pelo blog.
Permaneçamos firmes!