Pois é, conforme noticiado aqui, ontem estreou o CQC – Custe o Que Custar, versão brasileira do já mitológico programa argentino CQC – Caiga Quien Caiga. Como disse antes, eu estava preparado para me decepcionar, talvez por já ter gravado no meu inconsciente a qualidade do original. Para minha grata surpresa, o programa de estréia se saiu bem, muito bem mesmo, para os parâmetros da Band e da TV brasileira em geral. É claro que se trata de uma produção independente, deste modelo de televisão que não existe no Brasil, onde produção, programação e exibição estão sempre concentradas numa só empresa, com raras exceções, sendo a Globo o melhor (ou pior) exemplo de concentração do mercado. Aquilo que o mercado cinematográfico de Hollywood descobriu no início do século passado, ou seja, a desconcentração favorece a concorrência e democratiza e, muitas vezes, maximiza os lucros, ainda não chegou no protocapitalismo brasileiro, com a Globo à frente. Ainda "juntos chegaremos lá, fé no Brasil", como cantava o jingle do Afif (afff!) em 1989.
Falando do programa em si, foi muito agradável de se ver. Bem produzido, um ritmo legal, ótima apresentação, boas reportagens. Um porém, apenas: gosto do Marcelo Tas, um cara que tem história na televisão brasileira, mas me parece um pouco enferrujado para o papel de âncora do programa. Até que se saiu bem, entretanto, principalmente para mim que ainda tenho o Mario Pergolini como referência. Torço para que ele pegue o ritmo do CQC original. Dividindo com ele a bancada, Rafinha Bastos e Marco Luque se saíram surpreendentemente bem. Anotem aí esses dois nomes, vamos ouvir falar deles num futuro muito próximo. Os "repórteres de campo" se saíram muito bem também, considerando-se que se tratava de um programa de estréia e eles ainda não estão no pique do original, nem acertaram ainda um ritmo próprio para a TV brasileira, já que aqui a gente tem aquele humor chapa-branca do Casseta & Planeta, e o escracho anti-celebridade (já cansativo) do Pânico na TV. Há um nicho de humor ainda carente, o do escracho-inteligente-sem-rabo-preso, que acho que o CQC pode preencher. Enfim, acho que o CQC brasileiro veio pra ficar, e, cá entre nós, o Brasil precisa que eles não só fiquem como se estabeleçam, só assim ainda haverá esperança que a televisão brasileira não seja este reduto de incompetentes e conformados.
Falando do programa em si, foi muito agradável de se ver. Bem produzido, um ritmo legal, ótima apresentação, boas reportagens. Um porém, apenas: gosto do Marcelo Tas, um cara que tem história na televisão brasileira, mas me parece um pouco enferrujado para o papel de âncora do programa. Até que se saiu bem, entretanto, principalmente para mim que ainda tenho o Mario Pergolini como referência. Torço para que ele pegue o ritmo do CQC original. Dividindo com ele a bancada, Rafinha Bastos e Marco Luque se saíram surpreendentemente bem. Anotem aí esses dois nomes, vamos ouvir falar deles num futuro muito próximo. Os "repórteres de campo" se saíram muito bem também, considerando-se que se tratava de um programa de estréia e eles ainda não estão no pique do original, nem acertaram ainda um ritmo próprio para a TV brasileira, já que aqui a gente tem aquele humor chapa-branca do Casseta & Planeta, e o escracho anti-celebridade (já cansativo) do Pânico na TV. Há um nicho de humor ainda carente, o do escracho-inteligente-sem-rabo-preso, que acho que o CQC pode preencher. Enfim, acho que o CQC brasileiro veio pra ficar, e, cá entre nós, o Brasil precisa que eles não só fiquem como se estabeleçam, só assim ainda haverá esperança que a televisão brasileira não seja este reduto de incompetentes e conformados.
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