Tim Tebow é um jogador de futebol norteamericano muito conhecido no seu país, não só por suas boas atuações como quarterback no time do Denver Broncos, mas pelas reiteradas comemorações e declarações em que faz questão de se mostrar cristão, ajoelhar e agradecer a Deus pelas conquistas, como se pode perceber no primeiro vídeo abaixo, em que em vez de lançar a bola oval a um companheiro melhor posicionado ele próprio faz o drible e o touch-down.
Ele também pinta o rosto com referências bíblicas, como "Efésios 2:8-10" na foto acima. O gesto de agradecimento é muito parecido com o que fazem alguns atletas no Brasil, talvez Tebow se ajoelhe um pouco mais.
Só que nos Estados Unidos isso não é usual, o que não deixa de ser curioso já que eles têm uma tradição protestante-evangélica muito mais antiga e arraigada do que a brasileira, e isso nunca foi refletido de maneira tão explícita nas arenas esportivas como faz Tim Tebow.
Isto obviamente lhe rende muitas críticas num país que sempre fez questão de separar a religião de outras manifestações culturais e esportivas (embora ela esteja sempre presente em decisões políticas, por exemplo).
Tebow é uma espécie de Neymar por lá, só que de uma maneira bem mais acentuada quanto à fama, ao carisma e ao poder de influência.
O comportamento respeitoso de Tebow se parece mais com o de Kaká, já que o evangélico Neymar aqui acha normal para um cristão engravidar meninas e ser visto em iates com marias-chuteiras, enquanto Tebow faz questão de não só se mostrar cristão como dar um testemunho à altura de sua fama.
Além de fazer o gênero "rapaz certinho" (não só "fazer", mas aparentemente "viver" o que prega, diga-se de passagem), Tebow tem o idioma inglês a ajudá-lo, já que o verbo "to bow" significa "curvar-se" não só em sinal de respeito ou saudação, mas também de adoração.
Apesar de ter apenas 24 anos de idade, Tebow já se aventurou pelo mundo editorial com sua, digamos, "autobiografia da fé" intitulada "Through My Eyes" ("Através dos Meus Olhos"), publicada pela HarperOne, que é o livro lançado em 2011 que mais vendeu (220.000 cópias desde junho).
Talvez por isso mesmo o conhecido programa de humor Saturday Night Live (transmitido no Brasil pelo canal a cabo Sony com legendas e alguns meses de atraso), no último sábado, resolveu tirar uma onda com a fé de Tim Tebow, numa esquete em que os comediantes representam os jogadores do Denver Broncos no vestiário, quando aparece Jesus com sandálias e meias esportivas, pedindo para que Tim Tebow pegue mais leve nas suas orações dentro de campo.
Lideranças evangélicas americanas já saíram a campo também para protestar contra a sátira do SNL. Enquanto estiver disponível no youtube, a cena pode ser vista no segundo vídeo abaixo.
No terceiro vídeo, Pat Robertson ameaça a América dizendo que se os EUA fossem um país muçulmano e Maomé fosse representado daquela forma, haveria bombas e corpos pelas ruas. Precisa mesmo tanta repercussão pra isso? Não é exatamente divulgação o que eles querem, Pat? Pois conseguiram...
Ele também pinta o rosto com referências bíblicas, como "Efésios 2:8-10" na foto acima. O gesto de agradecimento é muito parecido com o que fazem alguns atletas no Brasil, talvez Tebow se ajoelhe um pouco mais.
Só que nos Estados Unidos isso não é usual, o que não deixa de ser curioso já que eles têm uma tradição protestante-evangélica muito mais antiga e arraigada do que a brasileira, e isso nunca foi refletido de maneira tão explícita nas arenas esportivas como faz Tim Tebow.
Isto obviamente lhe rende muitas críticas num país que sempre fez questão de separar a religião de outras manifestações culturais e esportivas (embora ela esteja sempre presente em decisões políticas, por exemplo).
Tebow é uma espécie de Neymar por lá, só que de uma maneira bem mais acentuada quanto à fama, ao carisma e ao poder de influência.
O comportamento respeitoso de Tebow se parece mais com o de Kaká, já que o evangélico Neymar aqui acha normal para um cristão engravidar meninas e ser visto em iates com marias-chuteiras, enquanto Tebow faz questão de não só se mostrar cristão como dar um testemunho à altura de sua fama.
Além de fazer o gênero "rapaz certinho" (não só "fazer", mas aparentemente "viver" o que prega, diga-se de passagem), Tebow tem o idioma inglês a ajudá-lo, já que o verbo "to bow" significa "curvar-se" não só em sinal de respeito ou saudação, mas também de adoração.
Apesar de ter apenas 24 anos de idade, Tebow já se aventurou pelo mundo editorial com sua, digamos, "autobiografia da fé" intitulada "Through My Eyes" ("Através dos Meus Olhos"), publicada pela HarperOne, que é o livro lançado em 2011 que mais vendeu (220.000 cópias desde junho).
Talvez por isso mesmo o conhecido programa de humor Saturday Night Live (transmitido no Brasil pelo canal a cabo Sony com legendas e alguns meses de atraso), no último sábado, resolveu tirar uma onda com a fé de Tim Tebow, numa esquete em que os comediantes representam os jogadores do Denver Broncos no vestiário, quando aparece Jesus com sandálias e meias esportivas, pedindo para que Tim Tebow pegue mais leve nas suas orações dentro de campo.
Lideranças evangélicas americanas já saíram a campo também para protestar contra a sátira do SNL. Enquanto estiver disponível no youtube, a cena pode ser vista no segundo vídeo abaixo.
No terceiro vídeo, Pat Robertson ameaça a América dizendo que se os EUA fossem um país muçulmano e Maomé fosse representado daquela forma, haveria bombas e corpos pelas ruas. Precisa mesmo tanta repercussão pra isso? Não é exatamente divulgação o que eles querem, Pat? Pois conseguiram...