domingo, 21 de abril de 2013

95 anos atrás morria o Barão Vermelho


No dia 21 de abril de 1918, Manfred von Richthofen, o aviador de guerra mais renomado de que se tem notícia, fez o seu último voo, poucos meses antes da Primeira Guerra Mundial chegar ao seu final com a derrota da sua pátria alemã.

Conhecido pela posteridade como o "Barão Vermelho", sua fama era tão grande e respeitada que os próprios inimigos trataram de lhe providenciar um funeral com todas as honras militares possíveis naquele momento, mesmo tendo ele anteriormente abatido 80 aviões dos aliados (vídeo abaixo).

Ele tinha então só 25 anos de idade. Ali morria o piloto e nascia o mito. A matéria é do Opera Mundi:

1918: Aviador Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho, é abatido pelos Aliados

Ás da aviação derrubou 80 aviões inimigos, passando para a história como uma dos maiores ases da aviação militar

Nos céus de intensa presença de aviões sobre o rio Somme na França, o barão Manfred von Richthofen, o famoso ás da aviação, conhecido como o Barão Vermelho, é abatido pelo fogo de artilharia dos Aliados em 21 de abril de 1918.

Richthofen (na foto à esquerda), filho de um nobre prussiano, é transferido do exército alemão para a Força Aérea Imperial em 1915. Em 1916, aterrorizou em seu biplano Albatroz aviões inimigos que voavam sobre o Front Ocidental em apoio às suas tropas, derrubando 15 aviões no decorrer do ano, inclusive um pilotado por outro ás, mas desta vez britânico, o major Lanoe Hawker.

Em 1917, Richthofen ultrapassou todos os recordes de um ícone da aviação em ambos os lados do Front Ocidental passando a pilotar um Fokker triplano, pintado inteiramente de Vermelho como homenagem ao seu antigo regimento de cavalaria. Apesar de o ter empregado apenas nos últimos oito anos de sua carreira, foi o aparelho com o qual Richthofen é mais habitualmente associado e que lhe conferiu o epíteto dado pelos ingleses de Barão Vermelho.

Em 21 de abril de 1918, com 80 vitórias contabilizadas até então, Richthofen comanda um esquadrão de triplanos avançando bastante sobre o território aliado na França na caça de um aparelho de observação britânico. A investida chamou a atenção de um esquadrão aliado comandado pelo piloto da Força Aérea Real Canadense, capitão Arthur Roy Brown.

Como Richthofen passou a perseguir um aeroplano pilotado por um compatriota de Brown, Wilfred R. May, o Barão Vermelho aventurou-se demasiadamente longe em território inimigo e excessivamente baixo em relação ao solo.

Quatro quilômetros atrás das linhas aliadas, exatamente quando Brown buscava aproximar-se de Richthofen para tentar abatê-lo a tiros, o caça vermelho passa sobre uma bateria de metralhadoras australiana que imediatamente abriu fogo.

Richthofen foi ferido no peito. Ainda assim tratou de aterrissar seu avião na estrada que ligava Corbie a Bray, perto de Sailley-le-Sac. Quando as tropas australianas se aproximaram do aparelho já o encontraram morto. É geralmente atribuído a Brown o crédito de ter abatido o Barão Vermelho, embora muitos afirmem que na verdade foi um artilheiro australiano em terra quem assestou-lhe o tiro fatal. A controvérsia prosseguiu até os dias de hoje. Manfred von Richthofen foi enterrado pelos Aliados num pequeno cemitério militar em Bertangles, França, com plenas honras militares. Tinha 25 anos quando foi abatido. Seu corpo foi posteriormente removido para um cemitério mais amplo em Fricourt.

Em 1925, foi novamente trasladado, a pedido de seu irmão, Karl Bolko, desta vez para Berlim, para ser enterrado no Cemitério dos Inválidos após concorridas cerimônias fúnebres patrocinadas pelo Estado.

Numa época em que aparelhos aéreos eram fabricados combinando metal, madeira e tecido, quando vinte vitórias aéreas proporcionavam ao piloto um status de lenda, o Barão Vermelho derrubou 80 aviões inimigos, passando para a história como uma dos maiores ases da aviação militar e emergindo como um dos grandes heróis da Primeira Guerra Mundial de ambos os lados do conflito.






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