Depois do Tadjquistão, agora é a vez de outra ex-república soviética de maioria muçulmana, o Cazaquistão, começar a tomar medidas rígidas visando reprimir aquilo que eles chamam de "extremismo religioso ideológico". Aparentemente, se trata de uma preocupação em evitar o radicalismo islâmico que perturba a região central da Ásia, mas na mesma bacia vão todas as religiões do país. O programa de controle da religião se chama, curiosamente, "Um País, Uma Nação", ainda que a maioria muçulmana não seja tão expressiva assim e a convivência entre as religiões seja tranquila comparativamente aos padrões da região, já que existe uma antiga tradição de tolerância religiosa. Há uma forte presença de cristãos de origem russa na composição demográfica do Cazaquistão, que, também por ser um país vital no tênue balanço da produção e comércio mundial de petróleo, recebe muitos ocidentais. O nome do programa foi dado pelo próprio presidente cazaque, Nursultan Nazarbaev, que declarou textualmente: "É necessário suprimir estritamente o avanço da ideologia religiosa extremista no país, em especial as ações abertas que objetivam minar o sistema constitucional, além de se tornar uma ameaça às vidas e a saúde dos cidadãos". Só que, com base nessas premissas, atitudes aleatórias, desmedidas e aparentemente injustificadas estão sendo tomadas, como o fechamento da mesquita de Ahmadi, em caráter ainda provisório devido a uma liminar judicial, e o processo criminal contra um pastor protestante que orava por uma pessoa doente, sob a alegação de que estava colocando a saúde dela em risco. A cristã Igreja de Nova Vida também teve que mudar seu local de reunião, após o fechamento do templo em que estava devidamente registrada. Sinais enigmáticos vêm do Cazaquistão, justo o país que - inadvertidamente - fez sucesso nos cinemas do mundo todo com um personagem de humor duvidoso, o Borat (criado e interpretado por um judeu britânico)...
As informações acima foram colhidas do site Eurasia Review, e a notícia abaixo é da Rádio Vaticano:
As informações acima foram colhidas do site Eurasia Review, e a notícia abaixo é da Rádio Vaticano:
CAZAQUISTÃO: "UMA NAÇÃO, UMA RELIGIÃO"
Roma, 1º ago (RV) - “Uma nação, uma religião”. Esta é a posição expressa no Cazaquistão pelo Departamento para Assuntos Religiosos, que está preparando um programa definido como projeto de “Desenvolvimento do Islã moderado”. O Presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, declarou na semana passada que “é necessário suprimir com decisão a propagação da ideologia de extremistas religiosos”, especialmente as atividades voltadas “a desestabilizar o sistema constitucional”.
No país – refere a agência AsiaNews - também foram anunciadas reformas para aumentar o controle estatal sobre os grupos religiosos. Declarações que causam grande preocupação nas minorias porque já no mês de abril, o Presidente Nazarbayev tinha invocado um maior controle contra uma não especificada “ideologia religiosa extremista”.
De acordo com fontes locais, o Departamento para Assuntos Religiosos, criado no último dia 18 de maio, também está pedindo para que a lei sobre a liberdade religiosa seja ainda mais restritiva. A superfície do Cazaquistão é nove vezes maior do que a Itália. A população é de quase 16 milhões de habitantes. Os muçulmanos são mais de 70%, os cristãos 25% e os budistas 5%. (SP)
No país – refere a agência AsiaNews - também foram anunciadas reformas para aumentar o controle estatal sobre os grupos religiosos. Declarações que causam grande preocupação nas minorias porque já no mês de abril, o Presidente Nazarbayev tinha invocado um maior controle contra uma não especificada “ideologia religiosa extremista”.
De acordo com fontes locais, o Departamento para Assuntos Religiosos, criado no último dia 18 de maio, também está pedindo para que a lei sobre a liberdade religiosa seja ainda mais restritiva. A superfície do Cazaquistão é nove vezes maior do que a Itália. A população é de quase 16 milhões de habitantes. Os muçulmanos são mais de 70%, os cristãos 25% e os budistas 5%. (SP)