“Mea culpa” de muçulmanos pelo ocorrido em Gojra
Ações de fanáticos são consideradas “contrárias ao espírito do Islã”
GOJRA, quinta-feira, 18 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – Dois anos depois dos trágicos acontecimentos ocorridos em Gojra, no Paquistão, que, na noite de 30 de julho de 2009, afetaram a comunidade local cristã, dois líderes religiosos islâmicos pediram perdão publicamente por “uma das piores manifestações do ódio aos cristãos no Paquistão”.
O pedido de perdão aconteceu durante um encontro depois de uma Missa em sufrágio pelas vítimas, presidida pelo arcebispo de Faisalabad, Dom Joseph Coutts.
O diretor de uma escola islâmica da região, Israr Bihar Shah, e o chefe de uma mesquita próxima, Hafiz Abbul Haui, acusaram explicitamente os “fanáticos” como responsáveis pelo ocorrido e condenaram suas ações como “contrárias ao espírito do Islã”.
O chefe da polícia já havia entoado o mea culpa em 2010; as forças da ordem foram acusadas, de fato, de não terem intervindo de forma alguma para frear a violência.
Há dois anos, uma multidão de 3 mil muçulmanos invadiu o bairro cristão de Gojra, cidade do Punjab paquistanês. Incendiaram duas igrejas (que Ajuda à Igreja que Sofre [AIS] está ajudando a reconstruir) e mais de 150 edifícios.
No grande incêndio, 8 pessoas morreram queimadas – entre elas, 4 mulheres e uma criança de 7 anos – e outras 20 ficaram gravemente feridas.
A origem da violência foi a acusação de alguns líderes religiosos islâmicos a três cristãos – Mukhtar Masih, Talib Masih e Imran Masih –, culpados, segundo eles, de ter queimado algumas páginas do Alcorão.
Esta ação, aplicando a infame lei antiblasfêmia paquistanesa, prevê a cadeia perpétua.
Em defesa dos três homens se declarou, imediatamente, o então ministro para as minorias, Shahbaz Bhatti – assassinado em um atentado em 2 de março de 2011 – que sustentava firmemente sua inocência.
“São afirmações de importância extraordinária”, declarou a AIS o diretor da Comissão para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso de Faisalabad, Pe. Aftab James Paul.
Falando com AIS, o sacerdote destacou que os dois líderes islâmicos, ainda que não tenham estado envolvidos no ataque de 2009, tiveram a coragem de pedir perdão em nome da sua comunidade por todo o ocorrido.
“Pronunciaram frase muito importantes – acrescentou –, afirmando que a religião islâmica não aceita, de forma alguma, o homicídio e que os culpados por tais ações não compreendem o verdadeiro espírito do Islã.”
O Pe. Aftab acrescentou que, ainda que sejam declarações não-oficiais realizadas no final do encontro, as palavras dos dois líderes religiosos são duplamente preciosas, porque essas duas pessoas são muito conhecidas na comunidade e dessa forma “influenciarão os demais fiéis”.
O pedido de perdão aconteceu durante um encontro depois de uma Missa em sufrágio pelas vítimas, presidida pelo arcebispo de Faisalabad, Dom Joseph Coutts.
O diretor de uma escola islâmica da região, Israr Bihar Shah, e o chefe de uma mesquita próxima, Hafiz Abbul Haui, acusaram explicitamente os “fanáticos” como responsáveis pelo ocorrido e condenaram suas ações como “contrárias ao espírito do Islã”.
O chefe da polícia já havia entoado o mea culpa em 2010; as forças da ordem foram acusadas, de fato, de não terem intervindo de forma alguma para frear a violência.
Há dois anos, uma multidão de 3 mil muçulmanos invadiu o bairro cristão de Gojra, cidade do Punjab paquistanês. Incendiaram duas igrejas (que Ajuda à Igreja que Sofre [AIS] está ajudando a reconstruir) e mais de 150 edifícios.
No grande incêndio, 8 pessoas morreram queimadas – entre elas, 4 mulheres e uma criança de 7 anos – e outras 20 ficaram gravemente feridas.
A origem da violência foi a acusação de alguns líderes religiosos islâmicos a três cristãos – Mukhtar Masih, Talib Masih e Imran Masih –, culpados, segundo eles, de ter queimado algumas páginas do Alcorão.
Esta ação, aplicando a infame lei antiblasfêmia paquistanesa, prevê a cadeia perpétua.
Em defesa dos três homens se declarou, imediatamente, o então ministro para as minorias, Shahbaz Bhatti – assassinado em um atentado em 2 de março de 2011 – que sustentava firmemente sua inocência.
“São afirmações de importância extraordinária”, declarou a AIS o diretor da Comissão para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso de Faisalabad, Pe. Aftab James Paul.
Falando com AIS, o sacerdote destacou que os dois líderes islâmicos, ainda que não tenham estado envolvidos no ataque de 2009, tiveram a coragem de pedir perdão em nome da sua comunidade por todo o ocorrido.
“Pronunciaram frase muito importantes – acrescentou –, afirmando que a religião islâmica não aceita, de forma alguma, o homicídio e que os culpados por tais ações não compreendem o verdadeiro espírito do Islã.”
O Pe. Aftab acrescentou que, ainda que sejam declarações não-oficiais realizadas no final do encontro, as palavras dos dois líderes religiosos são duplamente preciosas, porque essas duas pessoas são muito conhecidas na comunidade e dessa forma “influenciarão os demais fiéis”.