Nasa: terremoto do Japão criou icebergs a 13 mil km de distância
Artigo científico publicado nesta segunda no Journal of Glaciology relacionou pela primeira vez o surgimento de icebergs a tsunamis. Cientistas observaram o desprendimento de enormes camadas de gelo na plataforma de Sulzberger, na Antártida, a partir da passagem do tsunami Tohoku, que se originou com o terremoto na costa do Japão em março de 2011, a 13 mil km de distância.
"É um grande pedaço de gelo que nasceu por causa de um terremoto a 13 mil km de distância", ressalta a cientista Kelly Brunt, da agência espacial americana, a Nasa.
Quando o tsunami Tohoku foi desencadeado no Oceano Pacífico, em 11 de março, os cientistas imediatamente começaram a observar o sul. Usando imagens de satélite, eles identificaram novos icebergs flutuantes no Mar de Ross cerca de 18 horas após as grandes e fortes ondas atingirem a Antártida.
Pedaço de gelo não se mexia há 46 anos
Depois de observarem as imagens históricas de satélite, o grupo concluiu que a pequena elevação de gelo estava lá, pelo menos, desde 1965. Segundo a Nasa, a prova de que a atividade sísmica pode originar icebergs na Antártida pode alterar o conhecimento que se tem de eventos passados.
Douglas MacAyeal, da Universidade de Chicago, foi um dos pesquisadores que participou do estudo. Ele afirmou que o evento é mais uma prova da interconexão de sistemas da Terra. "Este é um exemplo não só da forma em que os eventos são conectados em intervalos de grande distância oceânica, mas também como os eventos em um tipo de sistema Terra, como o sistema das placas tectônicas, pode se conectar com outro tipo de evento aparentemente não relacionado: o parto de icebergs na Antártica".
Na época do tsunami de Sumatra, em 2004, as frentes potencialmente vulneráveis da Antártida acabaram protegidas por uma grande quantidade de gelo marinho. "Existem teorias de que o gelo do mar pode proteger da ruptura. Não houve gelo no mar neste último caso", disse Kelly.
Frequentemente cientistas analisam os monólitos congelados que invadem os mares polares para descobrir sua origem. E, pelo que se sabe, o nascimento de um iceberg pode acontecer de outras maneiras, quando outro iceberg colide com um pedaço de gelo mais antigo ou pela ação dos ventos e ondas, por exemplo.
"É um grande pedaço de gelo que nasceu por causa de um terremoto a 13 mil km de distância", ressalta a cientista Kelly Brunt, da agência espacial americana, a Nasa.
Quando o tsunami Tohoku foi desencadeado no Oceano Pacífico, em 11 de março, os cientistas imediatamente começaram a observar o sul. Usando imagens de satélite, eles identificaram novos icebergs flutuantes no Mar de Ross cerca de 18 horas após as grandes e fortes ondas atingirem a Antártida.
Pedaço de gelo não se mexia há 46 anos
Depois de observarem as imagens históricas de satélite, o grupo concluiu que a pequena elevação de gelo estava lá, pelo menos, desde 1965. Segundo a Nasa, a prova de que a atividade sísmica pode originar icebergs na Antártida pode alterar o conhecimento que se tem de eventos passados.
Douglas MacAyeal, da Universidade de Chicago, foi um dos pesquisadores que participou do estudo. Ele afirmou que o evento é mais uma prova da interconexão de sistemas da Terra. "Este é um exemplo não só da forma em que os eventos são conectados em intervalos de grande distância oceânica, mas também como os eventos em um tipo de sistema Terra, como o sistema das placas tectônicas, pode se conectar com outro tipo de evento aparentemente não relacionado: o parto de icebergs na Antártica".
Na época do tsunami de Sumatra, em 2004, as frentes potencialmente vulneráveis da Antártida acabaram protegidas por uma grande quantidade de gelo marinho. "Existem teorias de que o gelo do mar pode proteger da ruptura. Não houve gelo no mar neste último caso", disse Kelly.
Frequentemente cientistas analisam os monólitos congelados que invadem os mares polares para descobrir sua origem. E, pelo que se sabe, o nascimento de um iceberg pode acontecer de outras maneiras, quando outro iceberg colide com um pedaço de gelo mais antigo ou pela ação dos ventos e ondas, por exemplo.