Projeto evangélico ensina jiu-jítsu para adolescentes
Tatames no chão e jovens lutadores trajando kimonos e prontos para treinar jiu-jítsu. A rotina seria normal em qualquer academia ou centro de artes marciais. Mas a certeza de que não se trata de um espaço convencional chega quando dezenas de adolescentes bradam o grito de guerra: “Um, dois, três! Faixa Preta de Jesus!”.
A cena ocorre diariamente num dos espaços do projeto Faixa Preta de Jesus, em Nova Iguaçu. Só na cidade, 60 jovens participam da iniciativa, que existe há dois anos. O projeto também é realizado em Nilópolis, Bento Ribeiro, Campo Grande, Recreio, Cachoeiras de Macacu e Valença, sempre em espaços cedidos pela Igreja do Nazareno. Ao todo, são 1.600 jovens atendidos.
Para o fundador do projeto, Ricardo Cavalcante, a disciplina para o esporte se relaciona com a evangélica.
— Para lutar jiu-jítsu, é preciso estar bem com tudo na vida, inclusive no plano espiritual.
A religião, segundo Ricardo, foi a origem do projeto. Ele conta que o próprio nome “Faixa Preta de Jesus” surgiu a partir de um sonho.
— Eu ganhei esse projeto de Deus. Sonhei com o nome “Faixa Preta de Jesus”. Depois sonhei com uma pessoa amarrando uma faixa com as mãos furadas — revela Ricardo, que garante que o projeto, apesar de ser religioso, beneficia a todos.
Ex-viciado em drogas, o professor de jiu-jítsu, Maicon Martins da Silva, de 18 anos, viu no projeto a chance de reconstruir a vida.
— Minha namorada me apresentou ao projeto que acontecia na quadra. Só mudou minha vida porque uniu a luta com Jesus.
Duas horas depois do treino, os alunos se reunem, ajoelham e começa o momento de oração. Em vez do pastor, quem dirige a cerimônia é Raphael Soares, de 35 anos, o “Pregador do Tatame”. Para Raphael, o momento é fundamental para trabalhar o comportamento das crianças do projeto.
— Fo sobre orar pelo outro, amar o próximo e digo que a guerra não é no tatame, mas aqui fora revela o também psicanalista Raphael.
Aqui em São João de Meriti tbm tem essa parada, não sei se é da mesma denominação.
ResponderExcluirCheguei a pensar em participar tbm. Se fosse só gritar "Um, dois, três, Faixa Preta de Jesus!" eu faria e foda-se, melhor q pagar 50 mangos. Mas orar, aí é foda, fica difícil, mas pra mim do q pra pra enganá-los.