Dunga, o ex-técnico da seleção brasileira na última Copa do Mundo na África do Sul (2010), deu uma entrevista a Jorge Kajuru no programa deste no canal Esporte Interativo e, entre uma e outra declaração relativamente polêmica (já que nenhuma novidade gritante veio a público), um detalhe passou desapercebido, quando ele comentou que teve um jantar com William Bonner e Fátima Bernardes, apresentadores do Jornal Nacional da Rede Globo, e Bonner teria lhe dito que "quanto estiverem te batendo muito, eu vou equilibrar... quando estiverem elogiando muito, eu também vou equilibrar".
O contexto permite inferir que Bonner se referia a um eventual tratamento excessivamente duro ou afável da mídia, que o seu Jornal Nacional procuraria "equilibrar".
Esse pequeno detalhe diz muito sobre o papel da imprensa e a sua capacidade de, por assim dizer, "fabricar a verdade" à margem da realidade dos fatos.
A favor da Globo e de Bonner, registre-se que esta não é uma prática exclusiva deles, mas da mídia em geral, que - com uma certa frequência - tem mesmo que encontrar a voz média entre as muitas vozes conflitantes e contraditórias sobre um determinado fato controverso, mas - em tese e em regra - não lhe cabe "equilibrar" as versões ou o tratamento dado por outros órgãos da imprensa, valendo-se do seu poder de audiência (como é o caso do JN) para "determinar" o que é real e o que é falso na abordagem de uma determinada notícia.
Liberdade de imprensa é ótimo e essencial, mas liberdade de informação, com todos os erros e exageros que lhe são inerentes, é muito mais importante.
O contexto permite inferir que Bonner se referia a um eventual tratamento excessivamente duro ou afável da mídia, que o seu Jornal Nacional procuraria "equilibrar".
Esse pequeno detalhe diz muito sobre o papel da imprensa e a sua capacidade de, por assim dizer, "fabricar a verdade" à margem da realidade dos fatos.
A favor da Globo e de Bonner, registre-se que esta não é uma prática exclusiva deles, mas da mídia em geral, que - com uma certa frequência - tem mesmo que encontrar a voz média entre as muitas vozes conflitantes e contraditórias sobre um determinado fato controverso, mas - em tese e em regra - não lhe cabe "equilibrar" as versões ou o tratamento dado por outros órgãos da imprensa, valendo-se do seu poder de audiência (como é o caso do JN) para "determinar" o que é real e o que é falso na abordagem de uma determinada notícia.
Liberdade de imprensa é ótimo e essencial, mas liberdade de informação, com todos os erros e exageros que lhe são inerentes, é muito mais importante.
Abaixo, o trecho em que Dunga fala do jantar:
legal os videos, gostei bem interessante
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