sábado, 29 de outubro de 2011

Pat Robertson quer extremismo menos extremista

Pat Roberton não consegue tirar umas férias da ribalta das controvérsias públicas a respeito de suas opiniões que variam do radical ao exótico. O conhecido pregador norteamericano parece ter uma queda incontrolável para as declarações polêmicas (basta clicar na tag Pat Robertson para se inteirar das anteriores). Alguns dias atrás justo ele, um político conservador que chegou a concorrer nas primárias pela indicação do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 1988, disse que os republicanos estavam "levando o extremismo ao extremo". Não que Robertson veja qualquer problema intrínseco no extremismo ideológico, mas que ele considera que a guinada do partido para a extrema direita, a cada dia mais acentuada, pode lhe custar a vitória nas próximas eleições presidenciais americanas, quando apresentarão o oponente mais forte à eventual reeleição de Barack Obama. O que o fundador do Club 700 sugere, portanto, é que os republicanos amenizem o seu discurso, tentando não assustar demais o eleitorado dos EUA com as suas posições radicais. Talvez por isso mesmo, Pat Robertson disse outro dia que um dos pré-candidatos republicanos às eleições presidenciais do ano que vem, o mórmon Mitt Romney, é um "cristão espetacular", na vã tentativa de defendê-lo das críticas que os evangélicos norteamericanos - eleitores fiéis do partido - fazem à religião do pretendente, que consideram uma "seita". Mais uma prova cabal de que Robertson submete o evangelho de Jesus Cristo àquilo que ele entende como conveniente para defender a sua ideologia conservadora. Para ele, a verdade da cruz pode ser sacrificada quantas vezes for necessário no altar de seu discurso eminentemente político.

Por outro lado, também no seu programa de TV onde responde perguntas enviadas pelos telespectadores, um deles lhe perguntou se é correto para um cristão participar do crescente movimento de protestos contra o sistema econômico-financeiro mundial, mais conhecido como "Occupy Wall Street". Pat Robertson não teve dúvida nenhuma ao responder e disse, na lata, que o referido movimento é uma obra de Satanás que quer destruir a nação americana, e um cristão jamais poderia tomar parte em algo desse tipo. Certamente, Robertson prefere que as riquezas do mundo continuem na mão de alguns poucos poderosos, enquanto a imensa maioria da população global padece de miséria e falta de oportunidades, além de terem que arcar com as gigantescas perdas financeiras causadas pela especulação desenfreada e pelo socorro dos cofres públicos aos magnatas que quebram seus bancos e empresas. Abaixo seguem os vídeos de mais essas declarações do líder evangélico norteamericano, que certamente não engrandecem o evangelho que ele diz pregar:







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